terça-feira, 16 de setembro de 2014

Arte Sempre: História da Arte - Idade Contemporânea

Arte Sempre: História da Arte - Idade Contemporânea: Idade Contemporânea (Do século XVIII ao final do século XIX) A Idade Contemporânea é o período que marca desde a Revolução Francesa, fato ...

Projeto: Releitura Moderna

Ola pessoal, estou na correria, mas muito feliz.
Final de bimestre e muito trabalho, mas, o resultado é maravilhoso.
veja este projeto: Releitura moderna, estou muito feliz com o resultado.










segunda-feira, 8 de setembro de 2014

VICTOR MEIRELLES – 1ª MISSA NO BRASIL




Victor Meirelles  nasceu em Nossa Senhora do Desterro, denominada hoje de Florianópolis / SC - Brasil, a 18 de agosto de 1832. Filho de pais humildes, Victor logo demonstrou sua vocação para o desenho, impressionando o pintor argentino Mariano Moreno, que orientou seu primeiro aprendizado. Graças aos amigos do pai, que contribuíram para pagar-lhe os estudos, Victor embarcou em 1846 para o Rio de janeiro, para a Academia Imperial de Belas Artes – que impressionou com sua obra sobre a capital catarinense. 

Foi um grande entusiasta dos pintores venezianos, principalmente Veroneze, pela sua cor. Sua obra acima, a Primeira Missa no Brasil, mostra que a cena principal é o grupo que fica no altar. A luz incide sobre o sacerdote, criando um ambiente místico, coerente e harmônico, entre os gestos do Frei Henrique e os dos ajudantes. Os personagens, bem distribuídos, os brancos com a fé e os índios, surpresos e curiosos. A paisagem é magnífica: à esquerda a montanha e à direita o mar.

A tela Moema, mostra toda a sensibilidade de Meirelles; mostra todo o sentimento poético., Moema era uma índia que revelou o espírito lírico de Meirelles e de sua humildade diante da natureza.

Estudou a fundo as técnicas do desenho e da pintura, ganhou o primeiro Prêmio de Viagem à Europa, onde visitando quase que diariamente o Louvre, se apaixonou pela pintura histórica de David. E foi lá que trabalhou uma de suas obras mais importantes: a Primeira Missa no Brasil – 1861 – aceita no Salão de Paris, fato inédito para um artista brasileiro. A obra da Primeira Missa foi apoiada na leitura da carta de Pero Vaz de Caminha, o que confirma o caráter narrativo e documental de sua obra.

Porém, foi com a Guerra do Paraguai, com os enormes quadros Passagem de Humaitá e o Combate Naval, que sua imaginação alcançou voos, sem dar ouvidos aos invejosos que o criticavam pela sua enorme criatividade. Sua obra histórica transformou-se num clássico á altura dos maiores mestres.

Talvez por ter sido condecorado por D. Pedro II, foi menosprezado pela República, tendo mesmo sido demitido da cátedra. O pintor do equilíbrio e do rigor técnico passou a ser ignorado. Mas foi ele quem deixou ao Brasil um dos maiores legados da história brasileira, num período que carecia de testemunhas oculares.

Com a proclamação da República em 1889, Victor Meirelles é afastado da cátedra e da vida artística, passando a levar uma vida de solidão e privações até fevereiro de 1903, quando morre totalmente esquecido.
A obra do gênio catarinense, hoje é reconhecida no mundo inteiro, como um dos pontos altos da arte americana.

O Museu Victor Meirelles/IBRAM/MinC foi inaugurado na cidade de Florianópolis em 1952, na casa onde nasceu o artista Victor Meirelles. O sobrado, tombado como patrimônio histórico nacional em 1950, foi construído por volta do final do século XVIII e início do XIX e abrigou o comércio da família Meirelles de Lima. O Museu possui duas coleções em seu acervo. A coleção Victor Meirelles é formada por obras de autoria do artista, de seus professores e alunos, a partir da cessão do Museu Nacional de Belas Artes na época da criação do Museu, bem como de aquisições e doações de instituições e particulares. A Coleção XX e XXI, por sua vez, é composta por trabalhos de artistas modernos e contemporâneos oriundos de doações realizadas ao Museu ao longo dos anos. (fonte folder do Museu)

 Obras apresentadas no blog:
Combate Naval do Riachuelo - 1865
Passagem de Humaitá - 1886
Moema - 1866
Primeira Missa no Brasil – 1861
Retrato de D. Pedro II - 1864
Guerra dos Guararapes – 1879
Vista do Desterro - 1846








Referências:
http://taislc.blogspot.com.br/2014/08/victor-meirelles-1-missa-no-brasil.html

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

BARROCO / INTRODUÇÃO



Igreja Santiago de Compostela
   
UM POUCO DA HISTÓRIA DO BARROCO 


O período conhecido como Barroco,  que abrange os sécs. XVII e XVIII da arte européia, pode ser encarado como um meio-termo entre a Renascença e a era moderna. Num certo sentido foi a retomada da Renascença.

Como todas as fases da arte, o Barroco passou pela conhecida sequência de ascensão,  apogeu e declínio. Mas a semelhança com a Renascença vai ainda mais longe. Os artistas do Barroco e da Renascença defrontavam-se, essencialmente, com os mesmos gêneros de tarefas e trabalhavam, predominantemente, para os mesmos clientes: a corte, a aristocracia e a Igreja.  

O Barroco foi um termo estilístico para descrever a arte que surgiu primeiro na Itália, pouco antes de 1600, florescendo até meados do séc. XVIII espalhando-se pela França, Alemanha, Áustria, Polônia, Espanha e colônias espanholas além-mar.

Em italiano e francês circulou como um sentido metafórico que significava qualquer ideia enrolada ou um processo tortuoso e intrincado de pensamento.

A sua aplicação à arte só começou na segunda metade do séc. XVIII, durante a ascensão do Neoclassicismo. Era até certo ponto um estilo em oposição aos valores clássicos.

O crítico italiano Milizia escreveu em 1797: ' o Barroco é a última palavra em bizarria; é o ridículo levado a extremos. Borromini caiu no delírio, ao passo que, na sacristia de S.Pedro, Guarini, Pozzi e Marchione adotaram o Barroco'

No séc. XIX a palavra continuou a ser usada para certos aspectos da arquitetura italiana seiscentista, embora a hostilidade para com o estilo se propagasse às outras artes e também à arte de outros países. Só depois da publicação de 'Renaissance und Barock – de H.Wölfflin, 1888, foi que o Barroco neutralizou-se para fins de história da arte, mesmo que aplicado a um período anterior – 1530 e 1630.

Apenas na Alemanha era respeitada, no resto da Europa era considerada, ainda, uma continuação aviltada da arte da Renascença.

Na Inglaterra e na América o preconceito popular contra o Barroco manteve-se até quase a II Guerra Mundial. Desde então teve aceitação - em parte - devido à disposição contemporânea em considerar qualquer estilo segundo os seus próprios méritos, em vez de julgá-lo de acordo com padrões estéticos abstratos e devido a audácia do Barroco para o gosto moderno.

Igreja de Jesus, Roma de arquitetura de Giacomo Vignola, iniciada em 1568: o uso barroco de materiais ricos e decoração com ornatos como meio de glorificação a Deus e apêlo às emoções do crente, é apresentado nestas fotos. No início a decoração era despojada e só recebeu a sua presente forma no final do séc XVII. Pinturas da cúpula e nave por Gaulli - de 1672 a 1683.



O pioneiro desta arte, torneada, ousada e cheia de rebuscamentos luxuosos foi o italiano F. Barromini no século XVII. O barroco mostrou-se não só nas artes propriamente dita, mas também na literatura e na música. O ponto alto eram os detalhes. Tudo estava de acordo com as aspirações da época, pois a soberania européia aspirava por um estilo que exaltasse seus reinos, demonstrando com isso, todo o poder que tinham. 

Notabiliza-se pelo dinamismo e movimento das formas, violentos contrastes de sombra e luz para obtenção de intensos efeitos expressivos, bastante emocionais, ora patéticos, ora suntuosos. Essa movimentação das formas dramática ou decorativa, observa-se também na arquitetura e na escultura.
O Barroco no Brasil / clique aqui
O Barroco e a Igreja Católica / aqui 

Releitura Moderna

Releitura da obra O Mestiço,1934 - Candido Portinári, aluno Marcelo.

A figura do lavrador mestiço, com braços cruzados, lembra aquelas composições italianas. Aqui Portinari foi buscar referências em seus tempos de infância, quando trabalhava nos cafezais paulistas.

As mãos e a cabeça agigantadas conferem eloquência à narrativa e monumentalidade para glorificar o trabalho das classes operárias. As tonalidades do marrom e o roxo dos campos cultivados expressam a vitalidade da terra.

O trabalho de releitura "moderna" confere ao aluno a sensibilidade da auto comparação, e a contextualização nos tempos atuais, fazendo uma referencia ao trabalho e ao povo brasileiro.